domingo, 6 de maio de 2012

Maio: Mês de Maria

Pela tradição e piedade popular da Igreja Católica, o mês de Maio é dedicado à Nossa Senhora, Mãe de Deus e de todos nós. Existem vários motivos para se consagrar esse mês a Ela: em maio comemoramos o dia das Mães - e Maria é, por excelência, a Mãe das Mães -; além disso, celebramos grandes festas marianas nesse período: Nossa Senhora de Fátima (13 de maio), Nossa Senhora Auxiliadora (24 de maio) e, aqui em Itaúna, temos a graça de celebrar a Santa Virgem sob o título de Nossa Senhora de Itaúna (festejada no Dia das Mães).
Abaixo, artigo de Dom Raymundo Damasceno Assis (Cardeal-Arcebispo de Aparecida-SP) publicado na Revista de Aparecida do mês de maio de 2012:
"Maio é um mês muito especial para nós católicos, por ser o mês dedicado a Maria, a mãe de Deus e nossa.
A espiritualidade mariana está presente não só nas três festas que lhe são dedicadas neste mês: Nossa Senhora de Fátima, dia 13; Nossa Senhora Auxiliadora, dia 24 e a Visitação de Maria a sua prima Isabel, dia 31, mas também na espiritualidade popular manifestada na reza do Terço, nas procissões e coroações de Nossa Senhora.
Muitas vezes nós católicos somos objetos de crítica por causa de nossa devoção a Nossa Senhora. Alguns chegam até a nos acusar de adoradores de Nossa Senhora ou de idólatras, porque confundem o culto cristão a Maria, representada numa imagem, com a adoração que prestamos unicamente a Deus.
O culto prestado a Maria se dirige a ela e não à imagem e está fundamentado no papel singular que ela desempenhou e desempenha na história da salvação ao ser escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo.
Maria está presente na Bíblia, desde o Antigo Testamento. Quando o livro do Gênesis fala da mulher que esmagará a cabeça da serpente (Gn 3,15), essa vitória definitiva sobre o mal, sobre o demônio, é obra do Messias, Jesus, e sua mãe, Maria, está também implicada nessa vitória. Isaías, ao anunciar o nascimento de um menino de uma virgem e que será chamado Emanuel, Deus Conosco (Is 7,14), profetiza o nascimento de Cristo, que nasceu de Maria, por obra do Espírito Santo.
No Novo Testamento, nos Evangelhos é que se fundamenta mais claramente nossa devoção a Maria. Ela foi escolhida entre todas as mulheres para ser a Mãe de Deus (Lc 1,31-35). A maternidade divina de Maria é o fundamento de todos os outros seus privilégios e a razão do lugar especial que Ela ocupa no culto da Igreja e na devoção do povo cristão. Ela é a sempre virgem, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa mãe querida. Deus nos deu uma mãe, e não há filho que não ame sua mãe; essa mãe nós a veneramos e invocamos com muitos nomes, mas, no Brasil, entre todos os títulos que lhe damos, um deles é, de modo especial, muito caro aos brasileiros: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
No segundo domingo de maio, celebra-se no Brasil o Dia das Mães. Meus parabéns a todas as mães, e que Maria, modelo de mulher e de Mãe, inspire e proteja todas as mulheres, especialmente as mães, na vivência de sua vocação ao amor e ao cuidado da vida."

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia do Trabalhador (1º de maio): São José Operário

A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: "Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!" O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.
O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres."
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).

SÃO JOSÉ - PATRONO DOS TRABALHADORES

A devoção  a São José na Igreja Católica é antiquíssima. A Igreja do Oriente celebra-lhe a festa desde o século nono, tendo os Carmelitas introduzido tal festa na Igreja ocidental. Os Franciscanos em 1399 já festejavam a comemoração do santo Patriarca. Xisto IV inseriu-a no breviário e no missal; Gregório XV generalizou-a em toda a Igreja. Clemente XI compôs o ofício com os hinos para o dia 19 de março e colocou as missões da China sob a proteção de São José. Pio IX introduziu, em 1847, a festa do Patrocínio de São José e, em 1871 declarou-o PADROEIRO DA IGREJA CATÓLICA; Leão XIII e Benedito XV recomendaram aos fiéis a devoção a São José, de um modo particular, chegando este último Papa a inserir no missal um prefácio próprio.
Nada sabemos a respeito  da infância de São José, tampouco da vida que levou, até o casamento com Maria Santíssima. Os santos Evangelhos não nos dizem cousa alguma a respeito; limitam-se apenas a afirmar que  José era justo, o que  quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo.
Durante sua vida, São José exerceu a função de carpinteiro em Nazaré, trabalhando a madeira para retirar o sustento para sua família, ao mesmo tempo, passou a seu Filho Jesus o ofício, como era o costume na época em Israel: o pai ensina ao filho sua profissão. Sendo assim, desde Menino, Jesus aprendeu a trabalhar com a madeira e a ajudar seu pai na carpintaria. Portanto, José é considerado exemplo de pai e de trabalhador, devendo servir como modelo a todos os trabalhadores.
Ignora-se quando São José  morreu. Há razões que fazem supor que o desenlace se  tenha dado antes da vida pública de Jesus  Cristo. Certamente não se achava mais vivo quando seu Filho morreu na cruz; do contrário não se explicaria porque Jesus recomendou a Mãe a São João Evangelista, não tendo por isto razão, se estivesse vivo São José.

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ OPERÁRIO


Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte.
Amém!